A autoestima está relacionada a tudo que você vive e faz no seu dia a dia. Ela influencia nas suas relações de trabalho, na sua relação conjugal, na sua vida social, enfim, ela pode interferir nos mais diferentes aspectos da sua vida.

Neste artigo, você conseguirá entender a importância da autoestima na sua vida, a relação dela com as doenças , os transtornos mentais, e também com a beleza. Te daremos dicas muito especiais para você melhorar a sua auto estima. 

Para iniciarmos, é necessário entender o que é a auto estima. Você saberia responder?

O que é autoestima?

Vou te ajudar a responder e compreender este termo tão essencial para os seus relacionamentos externos e internos. Ao me referir aos relacionamentos externos, estou me referindo a sua relação com as outras pessoas, seja na família, no seu trabalho, no seu casamento.

Ao citar relacionamento interno, quero trazer a você o verdadeiro significado da auto-estima. Significa o valor que você dá a si mesmo. Isso mesmo, o quanto você gosta de você, o quanto você se estima. Afinal, precisamos partir do entendimento que a relação interna, de nós com nós mesmos, interfere em tudo que vivemos externamente.

Neste contexto de autoestima, de forma bem prática, ela está diretamente relacionada a três atitudes suas: 

  • autoconhecimento;
  • auto respeito;
  • autoconfiança.

Você sabe o que é autoconhecimento?

O autoconhecimento diz respeito à consciência que você tem sobre você, desde seu eu (interno) como também, nas suas relações no meio em que vive (externo). É saber se você tem clareza dos seus traumas, das suas dores, das suas perdas e também das suas alegrias, daquilo que te faz sorrir.

Essa primeira introspecção, ou seja , olhar para o seu eu, é o ponto de partida. O autoconhecimento é o início desta jornada iluminada em que o destino é compreender  a importância e melhorar a  sua auto estima.

E o auto-respeito?

É respeitar a sua história de vida, respeitar quem você se tornou. É honrar a sua experiência de vida com todos os erros que você cometeu, e todas as dores que causou a você mesmo e a quem você ama.

Compreender que tudo que você viveu até hoje, influencia no que você se tornou. E se você não está feliz com o que se tornou, olhe com o filtro positivo, aquele que tratamos no artigo sobre ressignificação,  perceba que você errou mas o mais importante foi o seu aprendizado, e isso te deixou mais forte. 

Agora vamos abordar a terceira atitude que é essencial para ter uma boa autoestima.

O que é autoconfiança?

Para entender o que é a autoconfiança é simples, basta você se perguntar se acredita em si mesmo. A autoconfiança diz respeito a confiar em você e esse ponto é crucial, porque antes de confiar nas outras pessoas você precisa confiar em você.

Acreditar em quem você é, em quem você se tornou e principalmente nos seus objetivos de vida, mesmo com todo risco que a vida tem. Acreditar nos seus sonhos e correr atrás deles, confiante no resultado mas ciente que o aprendizado mesmo com os erros é fundamental.

Porque é importante ter autoestima?

Nossa vida é permeada por responsabilidades e a cada dia que passa elas tendem a aumentar. Precisamos dar conta de tudo o tempo todo, sermos o  exemplo aos nossos filhos, realizar nosso trabalho com maestria, mas também precisamos aprender com as decepções, as dúvidas, as falhas, e está tudo bem, isso é necessário.

É fundamental entender que apesar de todas as responsabilidades, o padrão de ser cem por cento o tempo todo precisa ser quebrado para haver equilíbrio. Ninguém consegue ser perfeito, e nem deve ser, pois as diferenças nos complementam e a singularidade é necessária, afinal não somos robôs programados.

Entender que a auto aceitação permeia esse processo que se chama autoestima, é primordial. Os altos e baixos trazem equilíbrio em tudo na vida. Você não irá se sentir linda o tempo todo, e qual o problema nisso? Entenda que é normal. Não sinta culpa, isso se chama ser humano, e você faz parte desta espécie.

No entanto, reagir aos estímulos que nos deixam com baixa autoestima é o esperado. Quando o indivíduo não reage, e entra num quadro de tristeza profunda, sentimento de vazio, choro e se sente incapaz, pode estar adoecendo e vir a desenvolver a depressão. 

Nesse caso, quando a pessoa tem depressão a auto estima dela é baixa, ou seja, ela não consegue enxergar o seu valor, nem gostar dela mesma. É um processo patológico, a depressão é uma doença e precisa de tratamento. 

O estresse e a ansiedade, também podem contribuir para o estado de adoecimento, e a baixa auto estima é um dos sintomas apresentados pela pessoa adoecida. 

Neste caso, a pessoa usa o filtro negativo, e tudo se torna complicado na sua existência, por isso, precisa de tratamento médico, e em muitos casos com uso de medicações que auxiliam no processo bioquímico cerebral para melhorar a auto estima, os antidepressivos e ansiolíticos.

A forma como o indivíduo enxerga suas relações, as outras pessoas e o mundo, demonstra a forma como ela se enxerga. Se no seu filtro, ou “óculos”, as lentes mostram tudo em preto e branco, é porque é desse jeito que ela se percebe perante a vida. O contrário também pode ocorrer, quando tudo está bem colorido e bonito, significa que ela se sente assim.

É necessário valorizar a nossa auto imagem, pois a confiança perpassa neste ponto, onde você se olha no espelho e gosta do que vê, isso transmite segurança. E sem dúvidas isso vai se refletir nas relações com as outras  pessoas, assegurando a própria relação que o outro terá com você.

As dificuldades serão imensuráveis, em todos os aspectos, seja profissional, conjugal, social. Para existir qualquer tipo de relacionamento é preciso existir confiança.

Autoestima e beleza

Para a compreensão destes dois pontos extremamente importantes na formação da nossa história de vida, é preciso ter esclarecido o que cada um deles significa. 

Como já vimos anteriormente, a auto estima está relacionada a forma como cada um de nós se dá valor, ou seja, “eu comigo mesma”, o quanto eu me valorizo e gosto de mim.

Quando falamos em beleza entramos no aspecto dos padrões. No entanto, os padrões pré estabelecidos pela sociedade, estabelecem a aceitação que temos pelas outras pessoas e que elas têm por nós, ou seja, não é “eu comigo mesmo”, se trata em ser aceito pelos demais.

Você já deve ter ouvido de  algumas pessoas que a única qualidade que referem delas mesmo, é a beleza. Então, é preciso entender esta maneira de se perceber no mundo.

Existem alguns casos em que o que permeia as relações não é a auto aceitação , ou seja, a auto estima, a forma como “eu” me percebo  e me aceito, e sim a forma que os outros me vêem, através dos elogios e das famosas “curtidas” nas redes sociais.

Essa questão é muito importante. Porque são inúmeras as pessoas que seguem padrões de beleza, por exemplo, do corpo perfeito, do treino perfeito, da dieta perfeita, do “look” perfeito. No entanto, elas buscam aceitação fora porque internamente não possuem.

Por isso, é essencial essa clareza na relação auto estima e beleza. Somos seres únicos e não precisamos seguir padrões de beleza, bem como, isso interfere na nossa singularidade, e nas diferenças que deixam o mundo mais bonito.

O que causa a baixa autoestima

Existem alguns fatores que podem contribuir para a baixa auto estima. Entre eles, as relações sociais merecem destaque. Isso mesmo, as pessoas que fazem parte do seu núcleo de convivência podem colaborar para a sua baixa auto estima.

Se você convive com familiares, amigos e colegas de trabalho que são pessimistas, negativistas, e que estão sempre vendo problemas e reclamando de tudo, e pior que isso, te colocando para “baixo”, pode ser a causa para sua baixa auto estima.

Outro fator que interfere na autoestima é quando você se sente estagnado frente às adversidades, ou seja, não consegue resolver seus problemas. A tendência é sentir-se frustrado e com baixa autoestima.

Comparar-se ao outro, também merece atenção. Quando você se compara ao outro você demonstra problema na sua auto aceitação e auto confiança. 

Aquela pessoa que vive querendo ter o que os outros têm, que sempre acha que a “grama do vizinho é sempre mais verde”, possui uma insatisfação com ela mesma, e consequentemente uma baixa autoestima.

Sintomas da baixa autoestima

Para você compreender a baixa auto estima é preciso entender quais são os sintomas causados por ela. Vejamos alguns deles:

  • Dúvidas constantes sobre diversos assuntos da vida;
  • Não consegue tomar decisões;
  • Não confia em si mesmo;
  • A opinião das outras pessoas impactam na sua vida;
  • Não possui objetivos;
  • Não sabe lidar com as consequências das próprias decisões;
  • Resistente à mudança;
  • Falta de motivação.

Agora que você já sabe os sintomas da baixa autoestima precisa ter em mente que eles podem ser nocivos a sua saúde. Quando o indivíduo não consegue sair do quadro de baixa auto estima é necessário uma  avaliação clínica para investigar alguma alteração psíquica que precise de tratamento médico.

Consequências da baixa autoestima

Falta de amor próprio: Quando a nossa auto estima é baixa, não percebemos o nosso valor, porque falta amor próprio. Quando colocamos o outro em primeiro lugar, estamos demonstrando isso, e ocasionando sofrimento psíquico, que piora ainda mais a baixa auto estima.

Uma visão negativa de nós mesmos nos deixa submissos e pouco questionadores, suscetíveis a manipulação das pessoas e risco para viver relacionamentos abusivos. Isso se dá pela falta de consciência do valor próprio que torna suscetível aos valores dos outros.

Falta de energia e depressão: A sensação de cansaço, de impotência e falta de esperança, podem apresentar uma cronicidade, ou seja, se tornando constante, e gerar um distúrbio psicológico, entre eles a depressão.

Ansiedade: A dificuldade em tomar decisões pode gerar ansiedade, associado a sentimentos negativos e excesso de futuro,ou seja, sentimentos de imediatismo regados de angústia, pode gerar um transtorno de ansiedade, e o que era apenas baixa autoestima poderá se transformar em transtorno psíquico.

Como melhorar a nossa autoestima

Para melhorar a auto estima é necessário entender que você precisa voltar a se amar e se valorizar, a partir do seu desenvolvimento emocional. Para te ajudar neste processo, preste atenção nos principais pontos a serem resgatados para ter de volta o seu amor próprio.

1. Autoconhecimento 

O primeiro passo para melhorar a sua autoestima é ter consciência do seu potencial e também das suas limitações. Pergunte a você mesma, quem é você? Reconheça suas falhas, mas pergunte a você: O que você quer para a sua vida?

É necessário ter consciência de quem é você, onde quer chegar, quais suas fraquezas e quais as suas forças.

2. Você precisa fazer escolhas

Essa é uma das dificuldades de quem tem baixa autoestima. Para você melhorar esse aspecto que te dificulta de seguir em frente, afinal, sem escolhas nossa vida fica sem rumo, vou te pedir para fazer um exercício mental.

Avalie como está a sua vida hoje e como você gostaria que ela fosse. Perceba que se sua vida está estagnada em problemas, foi escolha sua. Agora entenda que você tem a possibilidade de escolher mudar essa situação, e que isso é só você quem conseguirá resolver. 

Quando tiver consciência disso e escolher mudar seu comportamento a sua história irá mudar. Por isso, esse exercício mental de perceber que tudo que ocorre na sua vida é resultado das suas escolhas, fará toda a diferença na sua mudança comportamental.

3. Reconhecer as suas qualidades

Concentre-se nas suas qualidades, naquilo que você gosta e faz melhor. Entenda que você tem qualidades e precisa usar ela a seu favor para as suas conquistas. E a cada conquista que tiver, é importante comemorar, afinal desta forma o seu cérebro entende o que realmente  lhe faz bem, te ajudando a dar prioridade e foco a esses momentos.

7 dicas para manter sua autoestima mesmo nas situações difíceis:

  • Não se culpe pelo seu passado.

Perdoe suas falhas, e tenha consciência que seu passado não define quem você é. Tenha em mente que a vida é cheia de erros e acertos e que precisamos respeitar a nossa história afinal foi ela responsável por nos tornar quem somos hoje.

  • Não se culpe se seus familiares não possuem os mesmos valores que você.

Entenda que somos seres únicos e o fato de que algumas famílias são agressivas ou tóxicas, não é culpa sua e mesmo que você queira que isso mude não depende de você. Então, compreenda que “ o outro só doa aquilo que tem dentro de si”.

  • Entenda que relacionamentos tóxicos precisam terminar.

Se o seu relacionamento conjugal termina, entenda que isso não é o fim de sua vida, e sim, um ciclo que precisou ser encerrado. Quando um relacionamento termina, ambos os envolvidos têm sua parcela de culpa. No entanto, é preciso continuar a vida sem cometer os mesmos erros da relação anterior.

  • Sinta-se livre para quebrar padrões.

Você não precisa seguir os padrões impostos pela sociedade, por isso, não se abale com as resistências, entenda que as diferenças são benéficas na construção do mundo, e que não há como padronizar o ser humano, pois as qualidades e necessidades são singulares.

  • Não se compare nas redes sociais.

As publicações nas redes sociais são de um mundo e de pessoas perfeitas, e isto não é real. Se comparar com as outras pessoas não traz benefícios, porque cada pessoa é única e vivencia experiências de vida distintas.

  • Se compare com você ontem.

Busque se comparar com você ontem, isso mesmo, seja a sua melhor versão todos os dias.

  • Se é para competir que seja com você mesma.

Você precisa evoluir e para isso, avalie a sua versão anterior. Saia da zona de conforto, por você, afinal, só cabe a você fazer acontecer. Crescer dói, exatamente, só vencemos com muito esforço e determinação.

Conclusão

Para finalizarmos esta leitura, gostaria de agradecer a sua atenção e dizer que se você está hoje aqui, lendo este artigo, não é por acaso. O motivo está bem aí contigo, e você precisa explorar isso, precisa entender a importância da autoestima na sua vida.

Você já entendeu os passos para mudar a sua auto estima e sabe que o autoconhecimento é o pontapé inicial nessa jornada de autodesenvolvimento pessoal, já compreendeu o quanto é fundamental saber quais são as suas fraquezas e quais são suas forças. 

O seu foco principal deve ser as suas forças. Preste bem atenção agora, nesse exercício que vou te passar, ele fará toda a diferença nessa mudança que você busca. Cite cinco forças que você possui, e não menos do que isso.

Você não imagina o quão forte você é, talvez o que esteja faltando é a sua tomada de consciência a seu respeito. Então não espere, faça agora. Escreva em um papel 5 potencialidades ou forças que tenha e reflita sobre elas, mentalize como suas forças( potenciais) podem fazer você transformar a sua história de vida.

Guarde esse papel com você, em um local reservado e olhe sempre para as suas anotações quando se sentir mal consigo mesma. Certamente isso fará com que você se lembre do que há de melhor dentro de você e lhe ajudará a superar os momentos de dificuldade! Espero que esse artigo tenha ajudado você em sua jornada.

 E não esqueça: Você nasceu para iluminar!

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Andreia Nicoletti

Mãe, Casada, Enfermeira, Especialista em Cardiologia, Auditoria em Saúde, Nutrição e Estética Funcional, Mestre em Ciências da Saúde e professora Universitária.

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