Aprenda a desenvolver a resiliência: habilidade de adaptar-se e superar as adversidades.

Primeiramente, vamos conceituar: segundo o Dicionário Michaelis, resiliência é um termo vindo da Física, que significa a elasticidade que certos corpos têm de voltarem à sua forma original, depois de sofrerem deformações. Consta também, no sentido figurado – quando as palavras assumem significados simbólicos e são usadas em novos contextos –, que resiliência é a capacidade, apresentada por alguns indivíduos, de rápida adaptação ou recuperação. Trazendo para bem pertinho, usando uma expressão que é nossa velha conhecida: a arte de “envergar sem quebrar”.

A partir desses primeiros esclarecimentos, já é possível compreender os motivos que alçaram esse vocábulo ao status de característica indispensável para aqueles que querem vencer na vida.

Uma área que se debruça muito sobre a resiliência, principalmente sobre o desenvolvimento da habilidade, é a Psicologia. É interesse dessa ciência tudo o que está relacionado aos estados e processos mentais, ao comportamento do ser humano e às suas interações com os ambientes físico e social. Para os psicólogos, os resilientes são aqueles que praticam e desenvolvem a sua capacidade de lidar com os problemas buscando recursos para a superação; que mantêm a integridade de suas essências, mesmo diante de pressões ou eventos traumáticos que abalariam quaisquer estruturas.

Voltando à análise da palavra, mais especificamente da sua etimologia, resiliência, derivação de “resilientia”, em latim, pode ser lida da seguinte maneira: verbo resilio (re + salio) que significa “saltar para trás”, voltar ao normal. Sabe aquele elástico que comumente é visto na separação e organização de dinheiro? Ele estica, assume uma condição de envolver maços de tamanhos diferentes e, ao ser retirado, volta à sua forma original? É sobre isso que estamos falando, com foco em adaptar essa propriedade de alguns materiais à nossa capacidade de seguir vivendo, com equilíbrio e esperança, depois de enfrentarmos as provas da vida.

Importante que se compreenda que não estamos tratando das pessoas que negam, fantasiam ou não se envolvem com os problemas e sim daquelas que superam o que precisam com flexibilidade, otimismo e fé, sabendo que somos a soma das nossas vivências e que estamos em constante evolução, não nos sendo facultadas as simples possiblidades de ignorar as tormentas ou de voltar ao “normal”, sem absorver as experiências pelas quais passamos e os ressignificados que vieram com elas. 

A resiliência é inata?

Existem vertentes científicas que afirmam, com vigor e argumentação sólida, que a resiliência é um fator inato, e outras que estão certas de que se trata de uma habilidade adquirida. Sabemos que há, na verdade, uma relação entre características da nossa personalidade, associadas ao ambiente em que estamos inseridos e às vivências pelas quais passaremos. A boa notícia extraída dessa discussão é que a resiliência psicológica pode ser adquirida e ampliada, a partir da observação da dinâmica da vida, prática, amadurecimento e também com o auxílio de ajuda profissional.

Existem pessoas que inegavelmente parecem mais fortes, que demonstram segurança no trato com as adversidades. E há outras que, diante de uma unha quebrada, beiram surtos psicológicos, emocionais ou físicos. Acredito que vários nomes vieram à sua cabeça, divididos nesses dois grupos. Mas preciso que leve desta reflexão um importante ponto:

Não podemos e não devemos julgar a dor e a capacidade de resistência dos indivíduos. Cada um tem as suas referências de importâncias, as suas vivências e limites. Isso não quer dizer que sejamos melhores ou piores e sim únicos, mais capazes em determinadas áreas ou necessitados de ajuda em outras. Às vezes, o esforço que a pessoa aparentemente mais frágil faz para dar conta das suas questões é infinitamente maior e mais produtivo para a sua evolução que o não esforço daquele que sempre se apresenta como dono das respostas. Crescer é um processo trabalhoso.

Adquirimos resiliência vivendo, buscando aumentar o autoconhecimento, ressignificando as nossas dores, iluminando as sombras. Tudo o que enfrentamos pode fazer de nós pessoas mais fortes, mais criativas e mais dispostas a mudar, sempre que necessário. Para o resiliente, a adaptação é a palavra-chave. Talvez pudéssemos até dizer que o resiliente não seja, assim como alguns materiais, tão hábil em “voltar ao normal” e sim em “dar a volta por cima”!

Resiliência e resistência são a mesma coisa?

Sinônimos não, mas digamos que a resistência acabe aparecendo como uma consequência para aquele que é resiliente.

O otimismo, a flexibilidade e a adaptabilidade são pilares da resiliência. A resistência, no entanto, nos traz a primeira associação àquilo que é duro, rijo, com grande capacidade de suportar pressões, “uma força que se opõe à outra”.

Observe que o resiliente resiste no mundo, no sentido de seguir com a sua jornada; e não ao mundo, no sentido de apenas confrontá-lo. Ele não busca a invencibilidade, se mostrando capaz de repelir as intempéries sem sofrer danos na sua estrutura. Ele é maleável, faz concessões necessárias, pausas, retrocede, cicatriza, busca verdadeiramente a solução de um problema, demonstrando inteligência emocional, coragem para assumir riscos e crescendo com as dificuldades. Evoluir é uma forma de resistir que demanda muito mais intensidade do nosso “vir a ser” do que uma mera blindagem – a falsa sensação de estar se protegendo. Lembremos do que nos orientou Jesus: “Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal”, Mateus, 5:39.

Resiliência versus apatia:

O resiliente se curva ao poderio da dor, em silêncio? Não, ele se adapta; muda os caminhos, os roteiros; enfrenta as adversidades buscando desenvolver a sua melhor versão, a mais estratégica, a mais capaz de expandir limites. Ele tem uma vida mais significativa, mais cheia de razão de ser, pois faz parte das suas metas o estabelecimento de relações estáveis e felizes. O resiliente não se entrega, não se acostuma, tampouco briga com a dor. Ele extrai lições, é proativo na administração das crises e fortalece a sua saúde mental, conhecedor das suas potências e vulnerabilidades.

Desenvolva a resiliência, essa habilidade tão poderosa:

Cada indivíduo enxerga o que é problema e enfrenta-o à sua maneira, colocando os filtros das suas experiências anteriores e contextos culturais, dos sentimentos, desejos, das suas escalas de importâncias, crenças, dos limites e princípios éticos e morais… Portanto, a resiliência é adquirida e demonstrada de formas muitos particulares e pode ser trabalhada sob vários prismas diferentes, partindo daqueles que são mais caros para cada pessoa. Atente para 21 decisões que farão diferença na sua capacidade de resposta, diante dos obstáculos:

1) Entenda o ambiente onde está inserido 

Pessoas estratégicas, que têm propósitos bem delineados, guardam algumas características em comum. Uma delas é a capacidade de analisar o seu entorno, onde estão inseridas. Isso facilita a leitura das suas forças, oportunidades, fraquezas e ameaças diante de quadro personalizado das possíveis interferências e influências ambientais e facilita também a construção de estratégias e respostas eficientes para quando as dificuldades chegarem. Não podemos antever todos os problemas que enfrentaremos, mas podemos nos manter mais capacitados a partir do fortalecimento da nossa saúde e inteligência emocional e do desenvolvimento da resiliência.

2) Seja flexível 

Os temporais sempre vêm. O resiliente não discute com essa afirmativa, mesmo estando nos seus dias de céu aberto. E, diante das tormentas, as enfrenta, promovendo todos os ajustes que puder, sem se enrijecer como o dono da verdade ou vítima de um descaso da vida.

3) Permaneça flexível – as mudanças fazem parte

A chuva forte pode demorar a passar ou voltar mais cedo do que se esperava, mas cuide para não endurecer o seu coração, respondendo às provas com agressividade e revolta. Sim, você conhece a sua dor melhor do que qualquer outra pessoa, mas, quanto mais a sua vibração estiver em baixas sintonias, carregada de inspirações bélicas e insurgentes, mais sofrimento estará se proporcionando. Mantenha a calma e a capacidade de contornar os momentos de aflição. As mudanças fazem parte da vida e podem sim, apesar de inesperadas, serem benéficas.

4) Suporte, mas não extrapole os seus limites

Muitos acreditam que os resilientes são uma espécie de “saco de pancadas”. Que são aqueles que passam pelas adversidades de cabeça baixa, mas que passam, não sucumbem. Isso não é ser resiliente. Isso é não ter viço, não ter desejo de viver a vida e dar-se por vencido. O resiliente desenvolve a sua capacidade de lidar com a dor, justamente porque cuida de conhecer os seus limites e de respeitá-los. Essa postura proporciona decisões assertivas, contemporizações necessárias, adaptações. 

5) Adapte-se

Se não for possível ir de avião, vá a pé, mas vá! Se não tiver luz suficiente para caminhar à noite, espere amanhecer. Adapte-se como puder, e quantas vezes a vida pedir. A razão não é intrínseca a você, não é propriedade sua. Não se coloque na condição de sabedor de tudo, daquele que não erra. Seja insubmisso ao seu orgulho – esse péssimo conselheiro –, reveja as suas atitudes e escolhas e mude. Mude para melhor, colocando-se a serviço do que é útil para o seu crescimento e para o crescimento dos que estão no seu entorno.

6) Extraia ensinamentos de todas as experiências

“Por que comigo?”, muitos questionam. “Por que não comigo?”, muitos já deveríamos ser capazes de perguntar. Se partimos do pressuposto que todos passarão por experiências boas e ruins, agradáveis e duras, por que limito a minha possibilidade de evolução sofrendo e inquirindo o Universo sobre as provas que são minhas? Supere a etapa de negação, assuma o que é da sua responsabilidade, vença os desafios que já puder vencer e aprenda com aqueles que pedem mais do que você é capaz – por enquanto – de oferecer.

7) Recupere-se

Viva os estágios do luto:

  • a negação – que alivia o impacto da notícia;
  • a raiva – que inspira a revolta contra os fatos e a busca por culpados externos a nós;
  • a barganha – que encoraja a tentar voltar ao que era antes do evento de ruptura;
  • a depressão – que é a tristeza intensa causada pela impossibilidade de negar ou alterar o que aconteceu;
  • a aceitação – que é o momento de promover as mudanças e adaptações necessárias para seguir em frente.

As fases acima mostram como uma pessoa saudável emocionalmente vai lidar com perdas muito bruscas e com problemas graves de difícil solução ou de imperativa aceitação. Seja o que for o que esteja vivenciando, dê-se a condição e o tempo necessário para cicatrizar, recoloque-se de pé e recupere-se.  

8) Seja positivo

Passar por tribulações não é uma opção, certo? Mas como enfrentá-las, sim.  Existe a possibilidade de se vitimizar, de se sentir diante do fim, imerso em uma nuvem densa de autopiedade. Por outro lado, é um caminho optar por uma perspectiva mais esperançosa, erguer-se, buscar tudo o que for possível de positivo que o quadro apresenta, evoluir com os erros cometidos, aprender e fazer diferente e melhor da próxima vez. O medo, a vitimização, a negatividade, paralisam a nossa capacidade até de raciocinar. Já a confiança em tempos melhores, a positividade, nos impulsionam a agir, a romper com aquilo que não queremos mais que seja a nossa realidade. Não dizem por aí que quando o mundo fecha uma porta, Deus abre uma janela?

9) Valorize as suas conexões afetivas 

Tudo o que faz bem a você merece a sua atenção. As pessoas de quem você gosta, com quem você pode ser você mesmo, sem máscaras sociais; os lugares onde se sente bem-vindo, em paz, os trabalhos voluntários que realiza… Cuide para nutrir o que verdadeiramente quer ver prosperar na sua vida, o que tenha significado para você. Peça ajuda, ofereça ajuda; ame e aceite o amor que vem na sua direção. Quando temos laços afetivos sólidos, propósito bem definidos, canais de comunicação sem ruídos, quando temos a certeza de existirem pessoas que nos esperam, que se preocupam conosco e que temos para onde voltar, somos mais fortes, mais corajosos, mais resilientes.

10) Seja empático

Sempre estamos no momento mais apropriado para sermos empáticos. Sempre precisamos considerar o fato de não conhecermos os contextos das pessoas, nas suas totalidades. Colocar-se sob a perspectiva do outro é o que se espera daqueles que desejam estabelecer relacionamentos interpessoais estáveis e honestos. Quanto mais empáticos mais tolerantes e mais resilientes.

11) Identifique os seus sentimentos e emoções e respeite-os

Quando estiver passando por uma situação de conflito não renegue os seus sentimentos e emoções só porque eles não pareçam nobres, dignos, evoluídos. Eles são seus. Identifique-os para aprender a lidar com eles.

Livre-se da responsabilidade de ser imbatível, invencível, exemplar, o tempo todo. A jornada da vida tem como grande missão a evolução moral e espiritual de cada um de nós. Reflitamos: se há uma meta coletiva para evoluir, por que me maltratar tanto por não ser perfeito? Flexibilize as cobranças que anda se fazendo para ampliar a sua capacidade de se superar.

12) Busque o autoconhecimento

Seja na terapia, na conversa com as suas pessoas de confiança, escrevendo, desenhando, meditando, praticando esporte, tente se conhecer melhor. Aumente a sua intimidade com o que move os seus desejos, frustrações e planejamentos.

O autoconhecimento é um filtro poderoso, capaz de auxiliar no domínio da nossa impulsividade e de apontar soluções para os conflitos que se apresentarem. Aquele que é hábil para identificar os seus padrões de pensamento e comportamento torna-se mais estratégico e sereno para analisar os desafios, aprender com as adversidades e oferecer respostas mais ágeis e eficientes. Trata-se de um bom resumo de como se comporta aquele que é resiliente.  

13) Seja grato

O ingrato é incapaz de perceber tudo o que há de bom no seu entorno. Enxergando o mundo como um espaço hostil, como um ringue, tendemos a enrijecer o nosso coração e endurecer a nossa leitura sobre o outro. O resultado disso é a inabilidade de ser resiliente e um sofrimento que nos deixa estagnados, diante de qualquer obstáculo. Seja grato por tudo o que já passou, por tudo o que superou e por tudo o que aprendeu. 

14) Cuide do equilíbrio entre a sua saúde mental, física, espiritual

Equilibrar essa tríade garante progressos muito relevantes na nossa vida. Hábitos saudáveis como a leitura, a dedicação à arte, a prática de exercícios físicos, alimentação balanceada e o exercício da fé oxigenam os nossos fluxos sanguíneo e vibracional. Temos mais vigor e não nos entregamos na primeira dificuldade que aparece pelo caminho. Busque e alimente aquilo que faz de você uma pessoa mais resiliente, mais capaz de enfrentar e de vencer, de cair e de dar a volta por cima.

15) Buscou o autoconhecimento? Então seja generoso com o que encontrou.

Aceite quem você é, goste de você e confie no seu potencial. Acolha e seja misericordioso com o que precisa ser desenvolvido e coloque as suas habilidades e potenciais para serem úteis. Norteie as suas decisões com base em estratégias anteriores e em atitudes que já tenha tomado e que funcionaram. Seja o seu “case de sucesso”. Por que não? É impossível aumentar a autoconfiança, sem investir no autoamor e na autoestima. Existe aí dentro alguém muito capacitado para alcançar os objetivos, atingir o sucesso desejado. Concentre-se nisso.

16) Ria de você 

Elenquei cinco dos principais motivos:

1.    O bom humor é sinônimo de boa disposição, contentamento, júbilo, regozijo…;

2. O bom humor é capaz de comunicar o quanto se é hábil para contornar os problemas, ter atitudes positivas diante das adversidades e comunica também o quanto se é amigável, leve;

3. O bom humor é uma característica dos criativos;

4. Rir é uma espécie de terapia que alivia a tensão, movimenta os músculos da face, aumenta a imunidade e até reduz a pressão arterial;

5.     Os capazes de se divertir com as suas vulnerabilidades estão dando um show de autoeficácia. Não está bom agora, mas sei que posso mudar essa realidade a meu favor e a favor dos meus.

17) Trace metas possíveis

Um erro muito comum é o de traçarmos metas inatingíveis – pelo menos por enquanto. Fracione os seus planos e comemore cada etapa vencida. Quando estabelecemos objetivos muito distantes da realidade, aumentamos a nossa frustração, a autodepreciação e consequentemente nos afastamos de toda a resiliência que já havíamos conseguido adquirir.

18) Não aja sem pensar

Pessoas impulsivas demais pagam preços muito altos por não se empenharem nas análises mais criteriosas dos fatos, do ambiente, das consequências. A nossa vida é um treino e jogo permanentes… E é crucial compreender que nenhuma partida é desimportante já que trabalharmos com as nossas habilidades é o único caminho para potencializarmos o que temos de melhor e desenvolvermos o que ainda demanda mais da nossa dedicação.   

19) Decida

O resiliente não é e nem deve ser alguém inerte, paralisado, incapaz de tomar decisões. Ele é alguém que prefere o equilíbrio, a sensatez, a positividade e a flexibilidade, para resolver as suas questões, no lugar da desesperança e da rigidez de uma mente fechada nela mesma. Não postergue as suas obrigações. Se a decisão precisa vir de você, decida! Teremos a partir daí a conquista de uma meta ou mais uma lição aprendida.

20) Transforme

Aqui está um conselho da resiliência ativa: diante de um quadro difícil, transforme-se e, por consequência, transforme a sua realidade. Amplie a sua capacidade de enxergar uma situação adversa como oportunidade ou como um desafio a ser superado. Crie condições para se tornar cada vez mais consciente das suas habilidades e para escolher as competências apropriadas para desvencilhar-se da hesitação e das inseguranças causadas pelos problemas e para focar nas melhores respostas para cada pergunta. 

21) Tenha fé

Ter uma fé faz de nós pessoas mais resilientes, mais focadas em descobrir o nosso propósito de vida e buscá-lo. Faz tudo ter sentido, porque preenche os nossos vazios existenciais. A fé nos auxilia a vencer os medos, ansiedades e as tristezas que nos visitam e acabam entrando mesmo sem convite, mesmo sem serem bem-vindas. A fé nos fala de um amor e misericórdia incondicionais que nos acolhem, quando não merecemos – que é quando mais precisamos. Ela nos fala de continuidade, de esperança, nos ampara e garante que jamais estamos sozinhos, além de apontar para os caminhos que nos levam à paz e à prosperidade.

Você está precisando ser mais resiliente?

Veja alguns versículos sobre resiliência na Bíblia que sempre me ajudaram bastante:

“A nossa alma espera no Senhor; ele é o nosso auxílio e o nosso escudo. Pois nele se alegra o nosso coração; porquanto temos confiado no seu santo nome. Seja a tua misericórdia, Senhor, sobre nós, como em ti esperamos” (Salmo 33,20-22)

“Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da terra, nem se cansa nem se fatiga? É inescrutável o seu entendimento. Dá força ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os moços certamente cairão; Mas os que esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão.” (Isaías 40,28-31)

“Disto me recordarei na minha mente; por isso esperarei. As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade. A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto esperarei nele.” (Lamentações 3,21-24)

“Não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança (= resiliência); a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança. E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu.” (Romanos 5, 3-5)

“Se perseveramos, com ele também reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará.” (2 Timóteo 2,12)

“Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança (= resiliência). E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma.” (Tiago 1,2-4)

“E sereis odiados por todos por amor do meu nome; mas quem perseverar até ao fim, esse será salvo.” (Marcos 13,13)

“Irmãos, tenham os profetas que falaram em nome do Senhor como exemplo de paciência diante do sofrimento. Como vocês sabem, nós consideramos felizes aqueles que mostraram perseverança (= resiliência). Vocês ouviram falar sobre a paciência de Jó e viram o fim que o Senhor lhe proporcionou. O Senhor é cheio de compaixão e misericórdia.” (Tiago 5,10-11)

“Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus. Considerai, pois, aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos.” (Hebreus 12,1-3)

CONCLUSÃO

A resiliência não é um privilégio dos escolhidos. É uma habilidade social que pode ser aprendida em qualquer momento da nossa vida e que está presente nas atitudes pessoais e profissionais daqueles que decidiram aproveitar cada etapa do processo de crescimento. São resilientes aqueles que gerenciam as próprias emoções sem se afundarem na vitimização ou na revolta, que se colocam para transformar, ressignificar as intempéries e recomeçar, quantas vezes forem necessárias. 

Também nos torna resilientes a decisão de romper com as crenças limitantes que nos impuseram ou que decidimos alimentar. Acreditemos nisto: “Vós sois deuses, sois todos filhos do Altíssimo” (Salmo 82,6) e seremos a nossa melhor versão.

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Padre Chrystian Shankar

Padre Diocesano da Diocese de Divinópolis, Reitor do Santuário Diocesano São Frei Galvão, Master Coach pelo IBC, Treinador Comportamental pelo IFT, Especialista em Inteligência Emocional pela SBie e Practitioner Programação Neurolinguística (PNL) pelo Instituto VOCÊ

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